quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Sistema trilhos rígidos x Sistemas de cabo de aço - Você sabe a diferença desses sistemas?



Primeiramente, vamos entender cada uma dessas soluções.

 O que é o sistema de trilho rígido para carga e descarga?



O trilho rígido é um dispositivo de ancoragem empregado em linhas de vida rígida horizontal permanente, onde a linha da ancoragem permite um desvio de até 15° do plano horizontal em qualquer ponto de sua trajetória. O trilho rígido é utilizado através de um trole que serve como ponto de ancoragem para fixação de trava queda retrátil. Esse sistema proporciona maior segurança ao usuário, pois, permite que este fique conectado à linha de vida a todo tempo durante a execução de seu trabalho em um fator de queda próximo a zero. Nosso sistema de trilho rígido permite cobrir grandes distâncias entre seus apoios, pode ser reforçado e atingir uma distância de mais ou menos 10 metros. Além disso, é possível conectar mais de um colaborador simultaneamente dependo do projeto.




 




 O que é o sistema de linha de vida de cabo de aço para carga e descarga?




É um dispositivo de ancoragem empregado em linha de vida flexível horizontal permanente onde assim como no sistema de trilho, a linha de ancoragem não se desloca do plano horizontal por mais que 15° de uma extremidade à outra. Sua utilização também é feita por meio de um trole que permite a conexão à linha através de  trava queda retrátil. Na maioria dos casos, nos sistemas de carga e descarga de cabo de aço o usuário precisa se desconectar para passar de um ponto a outro da linha. Ao se desconectar da linha, o trabalhador pode ficar exposto a riscos de segurança. Mas, em alguns casos, similarmente ao sistema de trilho, o sistema de cabo aço permite que o usuário permaneça conectado ao sistema interruptamente durante a execução do trabalho.









  Por que a Dois Dez considera o sistema de trilho rígido mais eficiente que o sistema de cabo de aço?  


1.       Impacto por queda:



A ocorrência de uma queda gera forças de impacto de em torno de 6kN ao dispositivo de ancoragem e provoca uma flecha vertical. No caso do sistema de linha de vida de cabo de aço, quando acontece uma queda as forças repassadas para as extremidades da linha são pelo menos 300% maiores, dependendo da tensão do cabo. Ou seja, cada extremidade da linha é submetida à uma força de pelo menos 18 kN, mas, se a tensão do cabo não for adequada, as forças de impacto geradas podem ser ainda superiores. Além disso, se existir “barriga” entre os vãos da linha, maiores serão as chances de o colaborador se chocar com algum objeto próximo durante a queda, como por exemplo, a lateral do caminhão. 

As forças geradas na queda provocam flechas horizontais que causam deformação nos pontos de fixação da linha. Nas linhas instaladas nas tesouras de telhados, o estrago pode ser maior. Pois, estas não foram projetadas para receber forças horizontais.  Após sofrer uma queda, o cabo de aço será esmagado e esforçado ao limite, ele e todos os componentes da linha deverão ser removidos de serviço e substituídos.





Em caso de queda durante a utilização do sistema de trilho rígido, a direção da força exercida  será vertical, e se dissipará ao longo do trilho. A estrutura onde o trilho está fixado não sofrerá danos. O trilho deverá ser retirado de uso e inspecionado por profissional habilitado, mas, diferente do sistema de cabo de aço, ele poderá ser liberado para utilização caso o profissional assim determine, sem que seja necessária sua substituição. Neste caso, apenas o trava queda deverá ser substituído.


Além disso, se o sistema de cabo de aço for utilizado por mais de uma pessoa simultaneamente e uma delas sofre uma queda, a outra sofrerá um impacto decorrente desta. Por outro lado, no sistema de trilho rígido, em um mesmo cenário, o outro colaborador não será afetado pela queda, permanecendo estável e com proteção contínua.

 2.      Zona Livre de Queda



A zona livre de queda (ZLQ) é a distância mínima aferida a partir do ponto de conexão com o dispositivo de ancoragem até o obstáculo mais próximo (ex. chão).
O sistema de cabo de aço é flexível, quando ocorre uma queda o cabo é alongado verticalmente, conforme a Figura 1. Para cálculo da ZLQ deverá ser considerada a distância de frenagem e a distância de extensão do trava queda para o obstáculo mais próximo, que totalizará cerca de 1,5 metros, em média. Na figura 1, é possível visualizar que no percurso da queda existe a possibilidade do trabalhador se chocar com obstáculos, o que o expõe a risco grave.
No sistema de trilho rígido, quando ocorre uma queda, a estrutura do sistema não sofre nenhum tipo de deformação. Desse modo, a ZLQ deverá ser calculada considerando  apenas a distância de extensão do trava queda para o obstáculo mais próximo. Portanto, está deverá ser inferior a ZLQ do sistema de cabo de aço. Veja o exemplo na Figura 2 abaixo.









3.      Utilização dos sistemas


Outro fator que deve comparação entre ambos os sistemas é a exposição do trole. No sistema de cabo de aço a instalação do trole é externa. Desse modo, é muito comum que o equipamento fique exposto a condições e ambientes desfavoráveis à sua boa conservação. Condições estas que podem afetar o seu bom funcionamento, como por exemplo, tornar deficiente o deslizamento do equipamento pelo cabo. No sistema de trilho rígido, o trole pode ser instalado na parte interna do trilho. Desta maneira, o trole fica menos exposto e melhor protegido contra ambientes e condições que possam ser nocivas à manutenção de sua integridade e bom funcionamento, o que prolonga sua vida útil.

Ainda, durante a utilização do sistema de cabo de aço, o trava queda tende a correr para o centro da linha de vida. A força lateral permanente causada pelo trava queda, exige maior esforço do colaborador para se manter estável, e causa desconforto durante a execução do trabalho. Da mesma maneira, manobras de conexão e transferência entre os pontos intermediários da linha de vida de cabo de aço também dificultam o trabalho do usuário.

O sistema de trilho, facilita o trabalho e proporciona maior conforto ao colaborador. Pois, não são necessárias manobras de transferências, o usuário permanece conectado ao trilho sem precisar se desconectar para passar de um trecho ao outro, o trava queda desliza facilmente através do trilho e se mantém em um ponto diretamente acima do trabalhador, sem exercer força lateral sobre ele.









4.      Conclusão


Por experiência própria, sabemos que muitas vezes a dificuldade em executar os trabalhos em altura faz com que o colaborador use o sistema da maneira incorreta ou até mesmo não o utilize. O sistema de cabo de aço está se tornando cada vez mais obsoleto, devido às vantagens que o sistema de trilho rígido proporciona. Financeiramente falando, o sistema de trilho rígido é considerado mais caro que o sistema de cabo de aço. Mas, a longo prazo, quando colocamos na equação a durabilidade dos sistemas, o trilho rígido oferece maior vantagem econômica, pois comparado ao sistema de cabo de aço, possui vida útil maior, não precisa ser trocado após uma queda, e ainda, principalmente, garante ao trabalhador, melhor usabilidade, mais segurança e ganho em produtividade.






quinta-feira, 11 de agosto de 2016

VOCÊ SABE COMO FUNCIONA O FATOR DE QUEDA?


O fator de queda mensura o grau do impacto proporcional a uma queda. Trata-se da relação entre a distância da queda e o comprimento do Talabarte ou a corda disponível para repartir a força choque da queda.

A Fator de queda pode ser calculada através do da equação abaixo:


FQ=Altura da queda / Comprimento da corda do sistema


FATOR DE QUEDA = 0 a 0,5

Pontos de Ancoragem acima do usuário minimizam o comprimento e o impacto da queda.

• É obrigatório o uso de Absorvedores de Impacto em talabartes de CONTENÇÃO DE QUEDAS.

• Em talabartes de RESTRIÇÃO DE QUEDAS, menor que 0,9 cm, não é obrigatório a utilização de Absorvedor de Impacto.





FATOR DE QUEDA = 1

• O impacto é proporcional ao comprimento do equipamento de proteção de queda.

• Obrigatório o uso de Absorvedores de Impacto.





FATOR DE QUEDA = 2
• Obrigatório o uso de Absorvedores de Impacto.
• O fator de queda igual a 2 é o limite máximo de impacto suportado pelo equipamento e pelo corpo. CUIDADO!!