quinta-feira, 28 de julho de 2016

VOCÊ SABE SE O TELHADO DA SUA EMPRESA É TÃO SEGURO AO ACESSO QUANTO DEVERIA SER?






Usualmente, no dia-a-dia das empresas é necessário realizar alguma atividade que envolva acessar o telhado. E você sabe se o telhado da sua empresa é tão seguro ao acesso quanto deveria ser?

Primeiramente, é necessário estabelecer os motivos e as situações nas quais o trabalhador precisa, imprescindivelmente, acessar o telhado. Na maioria dos casos o acesso ao telhado resulta da demanda por manutenção, limpeza, instalação, ou até mesmo uma fiscalização de rotina.

É importante destacar que esse tipo de atividade submete o profissional ao risco de queda. Para te ajudar a compreender melhor o risco ao qual os profissionais que trabalham em altura estão expostos, vamos abordar os dois tipos de telhados mais encontrados no Brasil, são eles os galpões industriais e prédios comerciais.


GALPÕES INDUSTRIAIS


O trabalhador, ao acessar a cobertura dos galpões industriais, encontra diversos obstáculos que o expõe ao risco de queda, como por exemplo: iluminação zenital, claraboias, exaustores eólicos, telhas de fibrocimento, amianto, plásticas ou de cerâmica, entre outros.

 O perigo existe, pois, tais estruturas não foram projetadas para sustentar a aplicação carga sob elas. Portanto, quando trabalhando próximo ou acima desse tipo de superfície frágil, o colaborador está sujeito a sofrer uma queda através dessas estruturas, devido ao rompimento das mesmas.


Existe ainda, em todos os tipos de telhados dos galpões industriais, o risco de queda perimetral. No entanto, alguns telhados apresentam maior probabilidade de queda em seu perímetro do que outros, pois, possuem angulações maiores, como por exemplo, os telhados abaulados. 





É importante observarmos que o acesso ao telhado dos galpões pode ser feito por meio de escada marinheiro. Essas escadas também apresentam risco de queda ao trabalhador ao ascendê-las ou descendê-las.




PRÉDIOS COMERCIAIS




Os telhados dos prédios comerciais, geralmente, são feitos de lajes de concreto. Essas estruturas têm maior capacidade de suportar carga, sendo assim, o trabalhador não corre o risco cair através do telhado. No entanto, ainda existe perigo de queda perimetral e no acesso ao telhado durante a ascensão ou descensão em escadas marinheiro.







SOLUÇÕES PARA OS RISCOS DE QUEDA

Antes de focarmos em cada risco, especificamente, que já identificamos, gostaríamos de deixar claro que é essencial que qualquer pessoa que trabalhe, em geral, à uma altura de 2 (dois) metros ou mais, acima de um nível inferior, com um lado ou borda desprotegida deve utilizar sistemas e equipamentos para retenção de queda. Logo, é fundamental que o telhado possua algum tipo de sistema de proteção de queda permanente, como por exemplo uma linha de vida ou pontos de ancoragem. Desse modo, o profissional poderá se deslocar para qualquer área da cobertura de maneira segura.

No entanto, alertamos que sempre que possível é imprescindível evitar a exposição do trabalhador ao risco de queda.

O profissional que fará o acesso ao telhado deve ser capacitado e estar apto para o trabalho em altura. Além disso, deve utilizar sempre os equipamentos de proteção individual adequados e certificados para tal atividade.




RISCO DE QUEDA ATRAVÉS DE ESTRUTURAS E SUPERFÍCIES FRÁGEIS DO TELHADO COMO CLARABOIAS E ILUMINAÇÃO ZENITAIS

Considerando que já exista um sistema de proteção de queda permanente no telhado, a solução mais indicada para evitar acidentes graves caso ocorra uma queda através dessas estruturas é a utilização simultânea da ancoragem permanente com um sistema de linha de vida móvel. O sistema móvel permite que o profissional se ancore à linha de vida permanente e possa desempenhar sua função com maior mobilidade e segurança. Como indica a imagem abaixo:




RISCO DE QUEDA ATRAVÉS DE TELHADOS FRÁGEIS

Como já vimos anteriormente telhados ondulados que possuem telhas de fibrocimento, amianto, plástica ou cerâmica, não suportam a aplicação de grandes cargas sob eles. Quando for necessária a realização de alguma atividade que envolva o acesso ao telhado, os fabricantes desses tipos de telhas advertem que o trabalhador não pise diretamente sob a telha para evitar a concentração de peso em um único ponto, o que poderia ocasionar o rompimento da mesma. 

Desse modo, para evitar o risco de queda através da estrutura do telhado, aconselha-se a utilização de passarelas, além do sistema de linha de vida permanente. As passarelas têm como função distribuir melhor o peso do trabalhador pelas ondulações da estrutura.






RISCO DE QUEDA PERIMETRAL


O risco de queda pelo perímetro do telhado existe tanto nos galpões industriais quanto nos prédios comerciais. O risco origina da necessidade de acessar os extremos do perímetro do prédio, por exemplo, para limpeza das calhas, fachadas, instalações, entre outros. A solução mais adequada e segura para essas situações é instalação e utilização de um sistema de linha de vida permanente para proteção de queda por todo o perímetro do telhado. Ainda, para a execução de algumas atividades como manutenção de fachadas, serviço de pinturas, etc. podem ser utilizados olhais de ancoragem fixados nas estruturas de concreto do prédio.

Porém, sempre vale ressaltar que para garantir a segurança dos trabalhadores que utilizarão estas ancoragens prediais, é importante certificar-se que os pontos de ancoragem atendem as exigências da Normas Regulamentadoras e legislações vigentes (ABNT NBR 16325-1, NR 35 e NR 18). Além disso, todos os dispositivos de ancoragem devem ser submetidos e aprovados para uso em laudo técnico, através do ensaio individual de arrancagem estática, realizado com um equipamento hidráulico calibrado.
















RISCO DE QUEDA NA ASCENSÃO E DESCENSÃO EM ESCADAS MARINHEIRO

Para proteger o profissional em caso de queda durante a ascensão ou descensão em escada marinheiro é imprescindível que a escada possua um sistema de linha de vida vertical, na qual o trabalhador permaneça conectado ininterruptamente.
Veja o exemplo abaixo:







Faça a sua parte para separar as pessoas dos perigos e manter uma área de trabalho segura.


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